LIVRO das Constituicoens custumes q se guarda[m] e[m] os Moesteyros da congregacam de sancta Cruz de Coimbra, dos Canonicos regulares da ordem de nosso Padre sancto Augustinho. Coimbra. 1553.

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LIVRO das Constituicoens custumes q se guarda[m] e[m] os Moesteyros da congregacam de sancta Cruz de Coimbra, dos Canonicos regulares da ordem de nosso Padre sancto Augustinho. Coimbra: Mosteiro de Santa Cruz de Coimbra, 1553.

a-r4, s2; LXX ff.; 200 mm. Exemplar com ex-libris de A. Moreira Cabral, o mesmo de que é feita referência por Anselmo, sendo o único exemplar que o bibliógrafo teve notícia na época (hoje conhece-se, pelo menos, mais o exemplar de D. Manuel). Encadernação inteira de pele da época, cansada; lombada com defeitos e com perdas de pele; rótulo com títulos a ouro na pasta anterior; pequeno pico de traça nos cadernos h e k; frontispício com restauro marginal de papel que parece estar apenas a cobrir uma assinatura de posse da época.

RARÍSSIMA Edição das Constituições da Congregação de Santa Cruz de Coimbra que Anselmo apenas dá notícia a partir de nota manuscrita encontrada na BN.
Segundo Inocêncio, a obra teve como primeiro compilador Fr. Brás de Barros, primeiro bispo de Leiria e responsável pela reforma da Ordem dos Cónegos Regrantes de Santo Agostinho cujo principal mosteiro foi o de Santa Cruz de Coimbra.
Natural de Braga, Fr. Brás de Barros, primo de João de Barros, depois de ter recebido o hábito em Sintra e de ter estudado Teologia na Universidade de Lovaina, foi nomeado por D. João III para reformar a Ordem e os seus estudos, iniciando a sua missão a 13 de Outubro de 1527 em Coimbra.
A 22 de Maio de 1545 tornava-se o primeiro Bispo de Leiria, renunciando ao cargo 5 anos depois, retirando-se para o seu mosteiro de origem e aí falecendo em 1559.
Estas Constituições foram publicadas pela primeira vez em 1532, tendo conhecido várias edições depois dessa, todas impressas nos prelos do Mosteiro. Segundo Anselmo, que nos dá a relação mais completa, no século XVI, foram publicadas edições em 1532, 1534, 1536, 1544, 1548, 1553 e 1558.
Esta de 1553 foi a única que Anselmo não viu qualquer exemplar. Segundo o bibliógrafo, a referência foi obtida a partir de uma nota manuscrita existente na Biblioteca Nacional e que havia sido feita a partir do exemplar de A. Moreira Cabral.
Como todas as edições saídas dos prelos do Mosteiro de Santa Cruz de Coimbra, é uma verdadeira obra prima no que diz respeito à impressão, contendo uma gravura de página inteira no verso do frontispício uma representação de uma reunião de capítulo e várias capitulares, todas executadas em madeira de excelente qualidade.

¶ Anselmo, 459; Inocêncio, v. 5, p. 189; v.1, p. 393; D. Manuel 79.

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