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VELHO (Álvaro). ROTEIRO da Viagem de Vasco da Gama em MDCCCXCVII. Lisboa. 1861

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VELHO (Álvaro).
ROTEIRO da Viagem de Vasco da Gama em MDCCCXCVII. Segunda Edição correcta e augmentada de algumas observações principalmente philologicas por A. Herculano e o Barão do Castello de Paiva.
Lisboa: Imprensa Nacional, 1861.
XLIV, 180, [2] pp., 2 retrato, 1 fac-simile, 1 mapa desdobrável: il. Encadernação com lombada em pele da época, cansada; perda de suporte na lombada; títulos a ouro na lombada; ligeiramente aparado; sem capas; limpo; ex-libris de Salema Garção.
SEGUNDA EDIÇÃO. MUITO RARO. Um dos mais importantes documentos sobre a primeira viagem de Vasco da Gama à Índia. A obra é tradicionalmente atribuída a Álvaro Velho de quem se sabe pouco. Sobre ele apenas existem duas referências por Valentim Fernandes no seu Manuscrito, afirmando que um tal Álvaro Velho, homem do Barreiro, havia passado oito anos na Guiné, “facto que talvez explique, não só a interrupção do diário, mas também que a sua redacção tenha sido feita após a viagem, provavelmente nos primeiros anos do século XVI” [cf. DHP]. No prólogo ao texto original, também publicado nesta segunda edição, tenta atribuir-se a autoria do Roteiro a partir de uma leitura crítica do mesmo e do texto de Castanheda. José Marques [cf. Roteiro da Primeira Viagem de Vasco da Gama à Índia, Leitura crítica, notas e estudo introdutório por José Marques, Faculdade de Letras da Universidade do Porto, Porto, 2000] também corrobora a tese autoral de Kopke e Costa Paiva, acrescentando ainda mais dois argumentos. O primeiro, a referência a uma pretensa semelhança entre Alcochete e uma povoação africana em frente a Melinde, relembrando que Álvaro Velho foi natural do Barreiro; o segundo, o facto de Álvaro Velho não ter recebido qualquer recompensa de D. Manuel I que agraciou todos os sobreviventes da viagem, o que se justifica pela ausência do autor do Roteiro em terras da Guiné e da Gâmbia [p. 19]. Independentemente da autoria, é certo tratar-se do mais antigo, original e fiável registo coevo da viagem de Vasco da Gama. Atesta essa importância saber que Castanheda se deve ter servido deste manuscrito como fonte principal para a redacção do primeiro livro da sua História do Descobrimento e Conquista da Índia, “pela maior parte quasi literalmente copiado da relação” [Prólogo, p. XXXI], mas é pela sua leitura que percebemos o seu real valor, nomeadamente pelas descrições bastante precisas da viagem que dão conta, por exemplo, das boas informações que a armada possuía até ao ponto onde Bartolomeu Dias havia chegado uma década antes e dos muitos problemas que a partir desse ponto apareceram, principalmente a partir de Mombaça. Referência ainda aos apêndices que ocupam os fólios finais do códice que contêm breves referências a alguns reinos orientais, listas de preços correntes das mercadorias de maior interesse para os portugueses – Calecute, Coleu, Caell, Chomandarla, Ceilão, Samatarra, Xarnauz, Tenacar, Bengala, Malaca, Pegu, Bengala Conimata, Pater – uma lista de preços das especiarias em Alexandria – canela, cravo, gengibre, noz moscada, laca, incenso, etc. – e, por fim, uma primeira lista de termos portugueses com a correspondente versão na linguagem de Calecute. Tal como na primeira edição, a obra está ilustrada com um retrato de Vasco da Gama, que, segundo indicação dos editores da primeira edição, foi executado por João Baptista Ribeiro a partir de uma estampa gravada por D. J. da Silva que, por sua vez, se serviu de um óleo na posse de D. F. Francisco de Brito, Arcebispo de Goa, baseado no retrato que existe na sala dos Governadores. de um fac-simile de um fólio do manuscrito, bem como um mapa desdobrável com a rota que se estima ter sido traçada pela armada comandada por Vasco da Gama, havendo substituído a gravura de uma medalha comemorativa mandada cunhar por D. Manuel, por um retrato deste rei tirado de uma das portadas dos livros de Leitura Nova. bib: Inocêncio, v.1, p.52; Samodães, 2911; Dicionário de História de Portugal [DHP], v. 6, p.265

 

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