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Literatura, História & Livro Antigo

QUEIRÓS (Eça de). OS MAIAS: Episodios da Vida Romantica. Porto. s.d.

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QUEIRÓS (Eça de) OS MAIAS: Episodios da Vida Romantica. 2.ª ed.. Porto: Livraria Chardron, s.d..
2 v.; 195 mm. Encadernações modernas com lombada e cantos em pele; títulos a ouro na lombada; ferros decorativos na lombada a ouro; conservam capas de brochura, ténues manchas de humidade.
Segunda edição de um dos mais importantes e fundamentais romances portugueses. Longamente preparado desde 1880, Os Maias são “um fresco admirável” do Portugal oitocentista em forma ficcional. Centrado numa só família, o romance atravessa historicamente o período compreendido desde os primórdios do Liberalismo e o final do século XIX, revelando um certo propósito crítico. Os serões, os jantares literários, as corridas de cavalos e os saraus são também marcados pela presença de diversos tipos sociais e culturais, dos mais característicos da ficção queirosiana. Assim se desenrola a evolução e decadência da família, protagonizada por Afonso da Maia, Pedro e Carlos. Este último, depois de passar por Coimbra, fixa-se em Lisboa, abrindo o seu consultório com desejos e promessas de auspicioso futuro. Mas afectado por uma insuperável tendência para a dispersão, Carlos rapidamente abandona essa ideia iniciando-se neste ponto a intriga amorosa com Maria Eduarda. “Cumpre-se, pois, já no tempo e na geração de Carlos da Maia, um destino de perdição que nada fazia prever, nessa personagem rica e educada de forma metódica, perdição que, para mais, ocorre num fim de século convicto da superioridade da sua civilização. […] O episódio final assume, por várias razões, a feição de um epílogo de incidência histórica […]. Desde logo, esse episódio envolve um regresso […], marcado pela erosão dos 10 anos que decorreram, depois do conhecimento do incesto e da morte de Afonso da Maia. O olhar do protagonista que vive um reencontro amargurado com o passado […] envolve uma atitude crítica, ao mesmo tempo que anuncia rumos e sentidos que a obra de Eça privilegiará depois. […] a crítica da Lisboa afrancesada, que tende a esquecer a saudosa autenticidade perdida no tempo do Senhor D. João VI, provém de uma personalidade que regressa para saborear, na culinária e na paisagem, o pouco que sobrevive do Portugal tradicional” (Biblios, III, cols. 389-391). MUITO RARO e procurado.

 

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