fbpx

Biblioteca Particular parte VI

MENDES (Rui). PRATICA d’ Arismetica nouamente agora cõposta pelo lice[n]ciado ruy mendez. Lisboa. 1540

O leilão começará em __ dias e __ horas

Preço base: €1,000

Comissão da leiloeira: 15%

IVA: Sobre a comissão apenas

MENDES (Rui).
PRATICA d’ Arismetica nouamente agora cõposta pelo lice[n]ciado ruy mendez. Na qual se decrarã por boa orde[m] e craro estilo as quatorze especias darte darismetica.as sete dellas por numeros inteyros, e as outras sete por numeros qdrados: e assi mesmo trinta e cinco regras da dita arte muito sotil e breve e crarame[n]te decraradas Cõ muitas outras pregu[n]tas e cousas necessarias e pueytosas pa qualquer pessoa q da dita pratica se quiser aproueytar.
Lisboa: Germão Galharde, 1540.
[]4, A-N8, O6; [4], cx ff.; 190 mm. Encadernação inteira de pergaminho antigo, restaurado; frontispício restaurado, um pouco aparado, afectando ligeiramente a última linha do verso onde se inicia o texto do Prólogo; aparado, por vezes afectando as notas marginais impressas; acidez.
PRIMEIRA E ÚNICA EDIÇÃO deste raríssimo tratado de aritmética comercial. Rui (ou Rodrigo) Mendes foi, segundo escreve Inocêncio, natural de Mourão no Alentejo, e de quem apenas se sabe ter sido licenciado em Direito. O seu tratado de aritmética comercial é um dos três mais importantes publicados em Portugal – os outros dois são os tratados de Gaspar Nicolas (1519) e de Bento Fernandes (1555) – sobre a aprendizagem e uso da aritmética no comércio. Segundo Henrique de Sousa Leitão, estas obras inserem-se naquilo que chama de “ciência aplicada” e que se caracteriza pelo aparecimento de obras científicas de autores exteriores à prática do ensino – artesãos, fabricantes de instrumentos, comerciantes – mas envolvidos na prática de actividades relacionadas com assuntos científicos. É relevante o exemplo da aritmética comercial neste caso, tendo-se assistido no século XVI a um forte incremento na tentativa de “matematizar o mundo”, tornando-se num saber “desejado e cultuvado por mercadores e comerciantes”. (cf. LEITÃO, 2004, p. 29) A obra de Rui Mendes espelha profundamente esta preocupação, a obra possuía as habituais regras de aritmética da época, mas acrescentando duas específicas do caso português – a regra de Quatro e Vintena e a Regra da Conta de Flandres – ambas ligadas à actividade comercial então desenvolvida com o Oriente e ao estabelecimento da Rota do Cabo. Também é interessante verificar as várias referências à Casa da Índia, associando a aplicação das regras de aritmética à taxação de impostos ao comércio privado que chegava a Lisboa. Raríssimo e importante. bib: Barbosa, v.3, p. 637; Inocêncio, v.7, 176; Anselmo, 621; BN, O Livro Científico dos séculos XV e XVI: ciências físico-matemáticas na Biblioteca Nacional, BN, Lisboa, 2004, 496

 

Todas as informações contidas no site ECLÉCTICA LEILÕES® são sua propriedade exclusiva e não podem ser reproduzidas sem autorização prévia