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Arte, História, Fotografia, Manuscritos & Efémera

PARANAGUÁ (Paulo António de). CARTAS (duas) dirigidas a Mário Cesariny de Vasconcelos, enviadas de Pais a 8 de abril de 1968 e a 27 de dezembro do mesmo ano, dando conta das actividades surrealistas e políticas em França durante aquele ano. De destacar a

O leilão começará em __ dias e __ horas

Preço base: €50

Preço estimado: €80

Comissão da leiloeira: 15%

IVA: Sobre a comissão apenas

PARANAGUÁ (Paulo António de)
CARTAS (duas) dirigidas a Mário Cesariny de Vasconcelos, enviadas de Pais a 8 de abril de 1968 e a 27 de dezembro do mesmo ano, dando conta das actividades surrealistas e políticas em França durante aquele ano. De destacar a primeira carta onde se fala no embrião do Maio de 68, aqui chamado de “agitação dos estudantes”, de um projecto para a publicação na revista “L’ Archibras” de um histórico das últimas intervenções surrealistas em Portugal, projecto esse que o escritor teve vontade de abandonar por causa das rupturas entre Pedro Oom e Cruzeiro Seixas, substituindo esse projecto pela publicação de textos de Cesariny. E sobre o grupo surrealista afirma: «Individualmente, minha confiança nos indivíduos que compõem hoje o grupo surrealista não foi enganada e, individualmente ainda, penso que algo de exaltante é feito. Mas esse colectivo que é outra coisa que a simples adição de cada parte, falha há algum tempo. […] Confesso que pessoalmente minhas preocupações (políticas) me afastam hoje dos outros. Não posso deixar no entanto de acreditar na identidade, na unidade de uma e outra actividades. No entanto, essa unidade não deixou ainda de parecer afastar-se».
Referência ainda a um caso menor, segundo as palavras do remetente: «Pedro Oom julgou de bom tom ou necessário cortas as relações comigo; respondi telegraficamente aos seus insultos, pois detesto cultivar esse tipo de incidente cretino. Quanto ao abandono do meu antigo projecto de artigo sobre as últimas intervenções surrealistas em Portugal é certo que não é totalmente satisfatória. Mas em vista do recente número da “Esprit” e as páginas literárias feitas por Claude Roy no “Le Monde” sobre a poesia portuguesa contemporânea, em que o neo-realismo é único e omni-presente, acredito que a sua presença em “L’Archibras” em acto é a melhor “investida” que se possa desejar e mais eficaz que as palavras de um simples artigo descritivo».
Conjunto interessante.

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