Biblioteca Particular, Parte III

SANCHES (António Nunes Ribeiro). ORIGEM de denominação de christão velho e christão novo no Reyno de Portugal; e as couzas da Continuação destes nomes, Comot ambém da Cegueyra Judaica com o methodo para se extinguir em pouco tempo esta diferença entre os

O leilão começará em __ dias e __ horas

Preço base: €200

Preço estimado: €300

Comissão da leiloeira:

SANCHES (António Nunes Ribeiro)
ORIGEM de denominação de christão velho e christão novo no Reyno de Portugal; e as couzas da Continuação destes nomes, Comot ambém da Cegueyra Judaica com o methodo para se extinguir em pouco tempo esta diferença entre os mesmos suditos, e a cegueyra Judaica, tudo para augmento da Religião Catholica, e Utilidade do Estado.
[22] ff.

Junto com:
1758, 31 de Outubro
LE PAX Julia, ou Pax Augusta, dittas dos Romanos são hoje Beja em Portugal, ou Badajoz em Castella ?
[17] ff.

Junto com:
s.d.
CONSIDERAÇÕES sobre as Confrarias fundadas em hum decreto eleitor da Baviera a 7 de Abril 1769, Conforme a Gazeta de França de 5 de Junho 1769, p. 181.
[4] ff.

Junto com:
s.d.
SOBRE as plantaçoens e negócio do Tabaco tanto no Brasil como em Portugal
[4] ff.

1 vol.; 340 mm.

VALIOSO manuscrito de Ribeiro Sanches, o primeiro assinado “PHILOPATER” e publicado por Raul Rego na obra ‘Cristãos Novos e Cristãos Velhos em Portugal’ em 1956.
Nessa obra escreve o autor: «Não foi sem emoção que num catálogo do livreiro antiquário Arnaldo Henriques de Oliveira vimos o manuscrito de Ribeiro Sanches tão citado e que ninguém se atrevera ainda a publicar. Quisemos adquiri-lo em leilão, mas a nossa magra bolsa gemeu e cedeu perante outra mais recheada e igualmente interessada. Ao fim de muitas instâncias conseguimos adquirir o direito de publicar esse manuscrito e dele houvemos uma cópia, embora para tal tivessemos de nos desfazer de outro manuscrito que tínhamos. Por essa cedência muito grato nos confessamos ao sr. Alfonso Cassuto, o feliz possuidor. Falando do manuscrito diz Maximiano de Lemos: “Este manuscrito pertence ao sr. dr. Manuel de Oliveira, distinto clínico de Ponte de Lima que o adquiriu entre outros papéis que pertenceram ao Conde da Barca. Já estava escrito em 1735, visto que, na carta a Sampaio Valadares de 17 de Julho deste ano, Sanches lhe remete um desenvolvido extracto deste mês. Inocêncio viu um exemplar com a data de Paris 8 de Novembro de 1748 assinado PHILOPATOR. Era uma nova cópia ou redacção”. Com efeito, Inocêncio cita este manuscrito, mas com a assinatura PHILOPATER como se vê também no que publicamos. Será o próprio exemplar que nos serve para fazer esta edição? Não o sabemos, mas pode supor-se que sim. Ainda no século XVIII correram da obra várias cópias e Inocêncio diz ter tido uma, tirada em Paris, 1756, e que constava de 66 folhas numeradas na frente, formando um volume encadernado in-4.º. Onde parará a cópia do dr. Manuel de Oliveira e de que se serviu o dr. Maximiano de Lemos? O manuscrito que publicamos constitui um volume em letra da época de Ribeiro Sanches, com 34 folhas (17×22 cm) numeradas pela frente […]».
O manuscrito que agora apresentamos não coincide com nenhuma das descrições a que Raul Rego faz referência. Escrito com letra da época de Ribeiro Sanches, com muitas emendas ao longo do texto e com alguns parágrafos que não foram publicados por Raul Rego, cremos tratar-se do original que mais tarde terá dado origem às cópias citadas.
Os três manuscritos que se seguem, não assinados, não é possível atribuir com um maior grau de probabilidade à pena de Riebrio Sanches, mas as letras são semelhantes e as temáticas tratadas eram do agrado do autor.
Conselheiro de Estado e Médico da Imperatriz da Rússia, formado pela Universidade de Salamanca, Ribeiro Sanches, natural de Penamacor, acabou por fixar-se em Paris aí falecendo em 1783, com receio das perseguições da Inquisição que já tinham condenado a sua família. Pertenceu a inúmeras sociedades e corporações científicas nas quais se destacou.
bibliog.: Barbosa, v. 4, p. 56; Inocêncio, v. 1, p. 213; v. 8, p. 261; Lemos, Maximiano de, Ribeiro Sanches, sua vida e obra; Rego, Raul, Cristãos Novos e Cristãos Velhos em Portugal, 1956

 

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