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Biblioteca Eng.º Guedes Rodrigues

ANDRADA (Francisco de). CRONICA do Muyto Alto e Muito Poderoso Rey destes Reynos de Portugal dom João o III. deste nome. Em Lisboa. 1613.

O leilão começará em __ dias e __ horas

Preço base: €500

Preço estimado: €500 - €700

Comissão da leiloeira: 17%

IVA: Sobre a comissão apenas

ANDRADA (Francisco de)
CRONICA do Muyto Alto e Muito Poderoso Rey destes Reynos de Portugal dom João o III. deste nome. Em Lisboa: Por Jorge Rodriguez, 1613.

[ ]2, ¶ [6 de 7], ¶¶ [9 de10], A-Z, Aa-Zz, Aaa-Vvv8, Xxx3; [17 de 19], 113, 134, 131, 155 ff.; 265 mm. Exemplar com falta de dois fólios de índice, em particular ¶2, correspondente ao primeiro fólio de índice da primeira parte e ¶¶10, último fólio de índice; fólios de índice colocados no final do volume; ligeiramente aparado; frontispício com perda de suporte, afectando a cercadura impressa, restaurado; ligeiramente aparado, ocasionalmente afectando os títulos; corte das folhas pintado; encadernação inteira de pele do século XIX restaurada; títulos a ouro na lombada e roda a ouro nas seixas.

PRIMEIRA EDIÇÃO. Raríssima.
Francisco de Andrade, oriundo de uma família influente e abastada, nasceu em Lisboa em 1540. Filho de Fernão Alvares de Andrade, fidalgo da casa real de D. João III, tesoureiro-mor do Reino e escrivão da fazenda, importantes cargos que proporcionaram a Francisco de Andrade uma vida social e economicamente privilegiada.

Parece que estudou em Coimbra, tendo sido responsável pela tradução de diversas obras em latim desde tenra idade. Já casado e a viver em Almada, terá tido uma relação próxima com Fernão Mendes Pinto e, ao que parece, responsável pela revisão do manuscrito do texto das Peregrinações publicadas 30 anos depois da morte do seu autor.

A partir de 1593 foi nomeado por D. Filipe II cronista-mor do reino, ficando encarregue de escrever as crónicas de D. Sebastião, D. João III e de D. Henrique, tendo desempenhado o cargo até à data da sua morte em 1614.

Esta sua Crónica de D. João III, escrita durante quase duas décadas e publicada às custas do autor, possui algumas curiosidades. Uma delas é o facto de, segundo Rui Loureiro, dedicar cerca de 80% dos seus capítulos ao Oriente, o que faz dela mais uma Crónica dos feitos dos portugueses no Oriente do que uma Crónica do reinado de D. João III, tendo recorrido a diversas fontes, quer documentos existentes na Torre do Tombo, da qual foi guarda-mor, quer de publicações como as Lendas da Índia de Gaspar Correia ou a História do Descobrimento e Conquistas da Índia por Fernão de Castanheda.

É, deste modo, uma importante fonte para a história do reinado de D. João III, em particular da presença portuguesa no oriente naquele reinado.

¶ Loureiro, R. M. Um Cronista Esquecido: Francisco de Andrade a as Suas Obras. povoseculturas 2017, 285-304; Inocêncio, v.2, p. 332; Barbosa Machado, v.2, p. 104; Samodães, 145