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MANUSCRITO. DUAS Cartas de Hélder Ribeiro e Rascunho de resposta por Morais Sarmento . 1928.

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MANUSCRITO. DUAS Cartas de Hélder Ribeiro e Rascunho de resposta por Morais Sarmento . 1928.

Datadas de 17 de Julho e de 16 de Agosto de 1928; 2ff cada carta, 3 ff. rascunho.

Muito interessantes cartas dirigidas ao Gen. Morais Sarmento, ao tempo no posto de Coronel, recusando as diligências que o General empreendeu a fim de Hélder Ribeiro poder regressar a Portugal continental, depois de ter sido deportado por oposição à nova situação política.

Em ambas as cartas, o político afirma que “felizmente, apesar de todos os incómodos e contrariedades, o meu modo de sentir e de pensar” sofreram qualquer tipo de alteração. No mesmo sentido actuou junto de amigos no sentido de impedir quaisquer deligências a seu favor “porque, só desejando justiça, não queria ser vexado por ato de benevolência de uma situação, que em minha consciência nos degrada na nossa dignidade de cidadãos”.

Na resposta que Morais Sarmento dá ao seu camarada, pede-lhe para “manter-se absolutamente inactivo como político, não hostilizando, por qualquer forma, o actual governo”, o que Helder Ribeiro recusa, repetindo os seus argumentos na segunda missiva. Fica, portanto, bem patente nestas missivas a situação de oposicionista e resistente que Helder Ribeiro iria manter até à data da sua morte.

Hélder Ribeiro, natural de Lisboa, 1883, foi filiado no Partido Republicano Português, desde cedo se distinguiu em actividades de propaganda republicana tendo participado activamente nas organizações revolucionárias. Em 1899, foi um dos sócios fundadores da Liga Académica Republicana. Ainda jovem tenente, colaborou com o Almirante Cândido dos Reis, com João Chagas e com o capitão Sá Cardoso na Revolução do 5 de Outubro, distinguindo-se no comando das movimentações militares que levaram à vitória republicana e à proclamação da República. Em 1911 foi eleito deputado à Assembleia Nacional Constituinte pelo círculo eleitoral da Covilhã. Cinco anos depois partiu para Moçambique e aí permaneceu até 1919, como governador do distrito de Tete. Quando voltou a Portugal, tomou posse como Ministro da Guerra e no ano seguinte foi Ministro dos Negócios Estrangeiros. Mais tarde, em 1924, teve a seu cargo o Ministério da Instrução Pública e do Comércio. A partir de 1926, tomou parte activa em campanhas de oposição ao Estado Novo. Morreu no Porto, a 10 de Novembro de 1973.

 

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