fbpx

Arte, História & Curiosidades

ILLUSTRAÇÃO Portugueza: revista semanal dos acontecimentos da vida portugueza. . Lisboa. 1906

O leilão começará em __ dias e __ horas

Preço base: €40

Comissão da leiloeira: 15%

IVA: Sobre a comissão apenas

ILLUSTRAÇÃO Portugueza: revista semanal dos acontecimentos da vida portugueza. . II série, n.º 1 [1906] – II série, nº 45, 31 de Dezembro de 1906. Lisboa: O Século, 1906.

2 v.: il.; 295 mm. Encadernações editoriais. Conserva capas de brochura dos vários anos.

Primeiro ano da segunda série de uma das mais importantes revistas publicadas em Portugal, tornando-se num dos maiores arquivos fotográficos da vida quotidiana, da política e da cultura portuguesa do seu tempo. Muito ligada a Joshua Benoliel, seu repórter fotográfico freelancer principal desde 1903 a 1918, a Illustração Portugueza confunde-se, igualmente, com o percurso de repórter daquele fotógrafo. Da segunda série em diante, da responsabilidade de Malheiro Dias, partindo de um projecto de Rocha Martis em 1903 e com a direcção artística de Francisco Teixeira, contribui para o marco inovador das reportagens de Joshua Benoliel e do conceito das revistas em Portugal ao caracterizar-se pela redução drástica de desenhos de ilustração, textos curtíssimos e predominância quase absoluta da fotografia. Segundo testemunho de Rocha Martins, várias vezes responsável pela edição da revista por falta dos seus directores, Benoliel é “o elemento gerador do triunfo deveras notável, obtido pela segunda série da Ilustração Portuguesa” (cit. de António Sena, pp. 176-177). A junção da genialidade das reportagens e a facilidade técnica da publicação da fotografia, contribuiu para o enorme sucesso da revista que, em 1906, fazia uma tiragem média de 15 000 exemplares, a um preço mais baixo que as concorrentes especializadas e com o dobro das páginas e o décuplo das imagens. Com isto a produção de fotogravuras acentua-se entre 1906 e 1908. A revista informou, num artigo promocional sobre os processos de produção, que o seu repórter fotográfico, Joshua Benoliel, fazia cerca de 8640 chapas por ano, ao mesmo tempo que a contínua melhoria na banalização dos processos fazia crescer o número de amadores. Logo em 1906, a revista organiza o seu primeiro concurso fotográfico sobre o tema “A terra de mais lindas mulheres de Portugal, e em 1909, Afonso Lopes Vieira, ele próprio um amador, publica na revista um manifesto estético sobre a arte, a propósito da participação portuguesa na Exposição Internacional de Fotografia em Dresden, servindo de programa para a organização de uma exposição de fotografia artística nos salões da Ilustração Portuguesa, em Maio de 1910.