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Um Pedaço da História de Miranda

Não há dúvida que as Constituições Sinodais são, de per se, um interessante objecto de estudo e colecção. Especialmente as primeiras versões impressas, no século XVI, são objecto de culto e interesse por muitos bibliófilos.

Estas Constituições Sinodais do Bispado de Miranda possuem a particularidade de nunca terem sido revistas, ao contrário do que aconteceu com muitas outras Dioceses durante os séculos XVII e XVIII.

Criada por D. João III em 1545, no contexto da elevação de Miranda do Corvo de vila a Cidade, a Diocese teve como seu terceiro Bispo, D. Julião de Alva. Em 1563, D. Julião convoca um Sínodo do qual resultam estas Constituições.

D. Julião de Alva, espanhol de nascimento, foi confessor de D. Catarina da Áustria, tendo acompanhado a monarca quando esta contraiu matrimónio com D. João III. Nomeado Mestre da Escola da Arquidiocese de Évora, foi o primeiro Bispo da Diocese de Portalegre, sendo da sua responsabilidade o mandado para a construção da Sé Catedral e cuja obra se iniciou em 1556. Em 1560 é transferido para a Diocese de Miranda, tendo exercido o seu ministério até 1564, ano em que resignou, retirando-se para Vila Franca de Xira, onde veio a falecer em 1570.

Estas Constituições são raríssimas. Inocêncio não logrou ver exemplar completo a tempo para a entrada sobre esta obra publicada no 2.º volume e na qual comete alguns enganos, apenas corrigidos no volume 9.º após ter conseguido examinar três exemplares.

Os exemplares da Biblioteca Nacional possuem falhas, apenas se registando mais um exemplar na Universidade de Coimbra. O USTC regista um total de 6 exemplares, podendo acrescentar-se o exemplar da Biblioteca de El-Rei D. Manuel.

Uma verdadeira jóia da impressão quinhentista portuguesa e da história nacional.

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