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Diário de uma viagem que começa em Portugal

Os livros de viagens sempre tiveram um lugar de destaque entre os coleccionadores e bibliófilos. O que é um livro de viagens ou que faz de um texto um livro de viagens, é pergunta para a qual não temos competência para uma resposta clara, pois são muitos os textos que, não tendo sido escritos com esse objectivo, se tornaram clássicos nessa matéria, tal é o sentido largo que o termo adquire.

Entre nós, existiu durante muito tempo, na maioria dos livreiros, uma estante ou conjunto de prateleiras com o título “Estrangeiros sobre Portugal”. Hoje, essa categoria desvaneceu-se, dando lugar ao mais alargado (e adequado?) termo usado pelos profissionais por todo o mundo – Viagens.

Quer seja coleccionador de “Estrangeiros sobre Portugal”, quer mais amplamente, de “Viagens”, este é um título obrigatório.

Balthasar de Monconys (1611-1665), natural de Lyon, foi enviado para Salamanca onde se interessou por Pitágoras, pelo Zoroastrismo e pela alquimia grega e árabe. Sempre com vontade de viajar para o Oriente, apenas o logrou conseguir com 34 anos de idade, tornando-se num incansável viajante.

Esta sua obra, publicada originalmente numa versão mais curta pelo seu filho, contém as suas descrições das suas viagens que, tendo começado por Portugal, passam pelo Egipto, Itália, Síria, Constantinopla, Ásia Menor, Inglaterra e Países Baixos, Alemanha e Espanha. No final, a edição tem uma longa carta escrita de Constantinopla em 1648 sobre a porte do Sultan Ibrahin, outras cartas entre o autor e os seus amigos, bem como alguns tratados sobre poesia, química, receitas, etc. Está ilustrada com mais de meia centena de gravuras de página inteira.

Um belíssimo exemplo da literatura de viagens do século XVII, com uma passagem por Portugal.

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