fbpx
blog-incunabulo-banner

Incunábulo

Incunábulo é o termo utilizado para designar os livros impressos em caracteres móveis até 1501. 

O termo usado no contexto da bibliofilia foi fixado por Beughem, em 1688, ao publicar uma bibliografia onde se listavam cerca de 3000 títulos impressos até 1501 e cujo título era Incunabula Typographiae. A partir dessa data, o incunábulo tornou-se numa categoria distinta de livros. 

Um incunábulo caracteriza-se em boa parte dos casos pela ausência de título, texto no primeiro fólio impresso a duas colunas e dados relativos ao pé de imprensa no cólofon. Deve distinguir-se da impressão de gravuras ou de livros impressos em blocos de madeira que não são considerados incunábulos.
Conhecem-se cerca de 27000 edições separadas de incunábulos, variando o número de exemplares impressos conforme o capital disponível e o número de vendas esperado. Registos sobre o número de exemplares por cada edição são muito raros, mas parecem ter aumentado ao longo do tempo, chegando a cerca de 1400 para a edição latina da famosa Crónica de Nuremberg impressa naquela cidade em 1492. 

A British Library tem disponível para consulta na internet o seu Incunabula Short Title Catalogue (http://www.bl.uk/catalogues/istc/ – consultado a 26/10/2017) que pretende registar todo o material sobrevivente impresso em caracteres móveis até 1501, incluindo algumas edições do século XVII cuja datação foi erroneamente atribuída como sendo anterior. 

Sobre incunábulos portugueses existem algumas bibliografias essenciais, além dos óbvios Dicionários de Inocêncio e Barbosa, a Bibliografia Geral Portuguesa, Lisboa, Academia das Ciências de Lisboa, 1941-1983 ou a obra de Konrad Haebler, Bibliografía Ibérica del Siglo XV, publicada originalmente em 1903 são fundamentais. Outras fontes são o catálogo da Biblioteca d’El Rei D. Manuel II. 

Pela ECLÉCTICA LEILÕES já passaram vários incunábulos, alguns deles muitíssimo importantes para a história do livro, nomeadamente os extraordinários Schedell e a sua Crónica de Nuremberg ou o Canto de Polifilio. De entre os incunábulos portugueses orgulhamo-nos de já ter tido um exemplar parcial do Comentário ao Pentateuco de Moises ben Mahman, impresso em Lisboa em 1489 e um exemplar das Cartas de Cataldo Sículo impresso por Valentim Fernandes em Lisboa, 1500.

BEUGHEM, Cornelis van 

Bibliógrafo holandês que trabalhou com vários impressores de Amsterdão, tendo fundado a sua própria livraria na localidade natal de Emmerich, em 1680. Compilou várias bibliografias temáticas de extraordinária qualidade, entre as quais a primeira bibliografia sobre Incunábulos, Incunabula Typographiae, em 1688.

PARTILHE COM AMIGOS

Mais
histórias